Conheci o Anderson dos Santos em 2007, em Maceió, quando eu era a Presidenta da Associação de Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal).
Foi no evento "Acessibilidade: garantia do exercício da cidadania pela pessoa com deficiência", realizado em parceria com a Organização Nacional de Entidades de Deficientes Físicos (Onedef) e com a Secretaria Nacional de Promoção de Direitos da Pessoa com Deficiência.
Na ocasião, achamos por bem reservar parte das inscrições com despesas custeadas para entidades de pequeno porte, ainda em fase informal de organização, e para representações de deficiências ainda não reconhecidas por lei. Foi a forma que encontramos de dar vez e voz aos mais invisíveis, dentre este grande grupo que somos nós: pessoas que lutam contra a invisibilidade perante às leis e às políticas públicas.
Já nos comunicávamos há algum tempo por email.
Anderson foi um dos que demonstrou interesse, e se deslocou da Bahia para Alagoas, com sua pilha de material para exposição no hall do evento, onde fazia questão de explicar, a cada um dos presentes, o que é o albinismo, suas características, vulnerabilidade e necessidades específicas.
Também não perdia espaço para pronunciamento, se inscrevendo em todas as oportunidades que a a palavra era facultada à plenária do evento.
Nas noites, quando da pausa nos trabalhos, nos divertíamos em grupo, pela orla marítima de Maceió.
Esse Filho da Lua sempre fazia questão de se fazer presente em todos os momentos, atento a tudo, sorvendo tudo, como se soubesse que a vida lhe seria breve.
Por meio de notícias que nos eram enviadas pela internet, acompanhamos, ao longe, a sua luta pela vida, entre hospitais, exames e tratamentos.
De forma prematura, o ciclo natural da vida pede passagem, e nos leva Anderson.
Repouse em paz, Companheiro. E que o seu exemplo nos inspire e nos motive a viver com a intensidade e a determinação que sempre foram suas marcas.
Que Deus continue a lhe guiar e dê conforto aos que sentirão sua falta.
Rosinha da Adefal
Deputada Federal por Alagoas
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