quinta-feira, 26 de maio de 2011

Saúde no Brasil - artigos

Até 31 de maio, a respeitada revista britânica The Lancet distribui gratuitamente artigos sobre a saúde no Brasil - em português. Para acessá-los, siga o link:

Health in Brazil
Launched in Brasília May 9, 2011

http://www.thelancet.com/series/health-in-brazil

terça-feira, 24 de maio de 2011

Salário de trabalhador com deficiência sobe mais do que o da média de empregados

Salário de trabalhador com deficiência sobe mais do que o da média de empregados

| Vinicius Konchinski | 21/05/2011 | Agência Brasil |

São Paulo –
Embora o número de trabalhadores com deficiência tenha caído de 2007 a 2010, a remuneração dos que se mantiveram no mercado formal subiu mais do que a da média de todos os empregados do país. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), o salário médio das pessoas com deficiência subiu 38% no período, enquanto a média das remunerações cresceu 28%

Em 2007, os trabalhadores com deficiência ganhavam, em média, R$ 1.389,66 por mês. No ano passado, essa média subiu para R$ 1.922,90, uma alta de mais de R$ 530.

Já o salário médio do trabalhador brasileiro subiu menos de R$ 390 no período. Passou de R$ 1.355,89 para R$ 1.742, ficando R$ 180 abaixo do montante pago aos trabalhadores com deficiência.

Segundo o secretário nacional de Políticas Sociais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Expedito Solaney, esse dado mostra que os trabalhadores com deficiência estão preparados para exercer cargos mais elevados dentro de empresas. “Isso é a prova cabal de que eles têm formação e, portanto, podem ganhar salários maiores”, afirmou ele à Agência Brasil.

Solaney disse que muitas empresas alegam que trabalhadores com deficiência não têm a mesma qualificação que os demais para não contratá-los. Com isso, deixam de cumprir a lei que determina que pelo menos 2% dos funcionários de companhais com mais de 100 empregados tenham algum tipo de deficiência.

A superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD), Teresa Costa d'Amaral, ressalta, porém, que muitas pessoas com deficiência bem qualificadas ainda não conseguem empregos, pois empresas oferecem vagas não compatíveis com sua formação. Segundo ela, companhias geralmente não contratam esses trabalhadores para cargos de supervisão ou chefia.

“A média da remuneração não explica a dificuldade que essas pessoas têm para encontrar uma vaga com seu perfil” complementou. "Gente com ensino superior completo não consegue um trabalho justamente por ter uma boa formação."

Edição: Juliana Andrade

Salário de trabalhador com deficiência sobe mais do que o da média de empregados
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-21/salario-de-trabalhador-com-deficiencia-sobe-mais-do-que-da-media-de-empregados


Salário de trabalhador com deficiência sobe mais do que o da média de empregados

| CUT | 23/05/2011 |


Para o secretário de Políticas Sociais da CUT, dados comprovam que trabalhadores estão preparados para exercer cargos mais elevados

Embora o número de trabalhadores com deficiência tenha caído de 2007 a 2010, a remuneração dos que se mantiveram no mercado formal subiu mais do que a da média de todos os empregados do país. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), o salário médio das pessoas com deficiência subiu 38% no período, enquanto a média das remunerações cresceu 28%

Em 2007, os trabalhadores com deficiência ganhavam, em média, R$ 1.389,66 por mês. No ano passado, essa média subiu para R$ 1.922,90, uma alta de mais de R$ 530.

Já o salário médio do trabalhador brasileiro subiu menos de R$ 390 no período. Passou de R$ 1.355,89 para R$ 1.742, ficando R$ 180 abaixo do montante pago aos trabalhadores com deficiência.

Segundo o secretário nacional de Políticas Sociais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Expedito Solaney, esse dado mostra que os trabalhadores com deficiência estão preparados para exercer cargos mais elevados dentro de empresas. “Isso é a prova cabal de que eles têm formação e, portanto, podem ganhar salários maiores”, afirmou ele à Agência Brasil.

Solaney disse que muitas empresas alegam que trabalhadores com deficiência não têm a mesma qualificação que os demais para não contratá-los. Com isso, deixam de cumprir a lei que determina que pelo menos 2% dos funcionários de companhias com mais de 100 empregados tenham algum tipo de deficiência.

A superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD), Teresa Costa d'Amaral, ressalta, porém, que muitas pessoas com deficiência bem qualificadas ainda não conseguem empregos, pois empresas oferecem vagas não compatíveis com sua formação. Segundo ela, companhias geralmente não contratam esses trabalhadores para cargos de supervisão ou chefia.

“A média da remuneração não explica a dificuldade que essas pessoas têm para encontrar uma vaga com seu perfil” complementou. "Gente com ensino superior completo não consegue um trabalho justamente por ter uma boa formação."

Salário de trabalhador com deficiência sobe mais do que o da média de empregados
http://www.cut.org.br/acontece/20708/salario-de-trabalhador-com-deficiencia-sobe-mais-do-que-o-da-media-de-empregados-en

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Barra sem ônibus

| Içara Bahia | A Tarde | 19/05/2011 |

Um projeto aprovado em sessão ordinária, na Câmara Municipal de Salvador, no dia 17 deste mês, propõe uma mudança radical no sistema de transporte coletivo no bairro da Barra. Os ônibus tradicionais sairiam de cena e apenas os micro-ônibus teriam autorização a circular.

A proposta, de autoria do vereador Paulo Magalhães Jr., prevê o uso da Avenida Centenário como área de transbordo para passageiros que precisam se dirigir à Barra.

O local seria a área limite para a circulação dos ônibus tradicionais. Por lá, seria possível ter acesso aos pequenos veículos destinados ao bairro turístico, cenário de pontos como Farol da Barra e a praia do Porto da Barra, localidades bastante procuradas não apenas por turistas e visitantes, mas pelos próprios soteropolitanos.

O vereador Paulo Magalhães Jr. esclareceu que ainda não é certo. “Vai depender do prefeito”. Ele citou exemplos de cidades como o Rio de Janeiro, onde os coletivos tradicionais não circulam na orla, mas nas ruas adjacentes.

Moradores não querem ser prejudicados. “Acho que nada pode ser feito para atrapalhar a vida das pessoas”, afirmou Marize Azevedo, que mora na Barra há 31 anos.

Pretensão - Alberto Gordilho, superintendente da Transalvador, ainda não havia sido informado sobre a proposta. “Isso é uma pretensão dos moradores. Desconheço o projeto e acho que ele é de difícil execução, pois, por ali, trafegam inúmeras linhas”.

Ele disse, ainda, estar disposto a analisar a mudança no sistema de transporte com técnicos da Transalvador. Mas acredita que é complicado atender a demandas localizadas. “Inúmeros outros bairros também têm a mesma pretensão”, justifica.

Aprovado projeto que retira ônibus da Barra
http://www.atardeonline.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5725009


O arquiteto Heron Cordeiro, da Vida Brasil, comenta:

O jornal A Tarde de hoje informa que a Câmara aprovou um projeto de Lei de autoria do vereador Paulo Magalhães Jr para retirada dos ônibus tradicionais da Barra (vejam artigo abaixo). De acordo com o texto só os microônibus teriam acesso às ruas da Barra. O transbordo dos ônibus que vem dos bairros seria feito na Lapa e na av. Centenário.
Pelo que nós sabemos isso implica minimamente em:
  1. grande barreira para a população pobre que necessita ir até esse bairro, por motivo de trabalho, o lazer e outros. (implicaria em fazer transbordo, aumento do tempo de deslocamento e pegar dois ônibus para chegar ao destino).
  2. Os micro-ônibus não são acessíveis para as pessoas com cadeiras de rodas, e para grande parte da população com mobilidade reduzida. Isso implica em proibição do acesso dessas pessoas á este bairro. Vai de encontro a toda legislação e política nacional de acessibilidade, e ao direito de ir e vir...
Creio que é necessário um debate com a população, especialmente as com deficiência e mobilidade reduzida.

Heron Cordeiro

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Nota do Secretário de Saúde da Bahia sobre o Dia de Luta Antimanicomial

18 de maio é o dia que marca a Luta Antimanicomial! Ao contrário do que tentam insistentemente convencer a sociedade esta tem sido uma das estratégias mais bem sucedidas do SUS. Podemos constatar uma verdadeira transformação no modelo de atenção voltado à saúde mental. Dos grandes manicômios que afastavam indefinidamente os pacientes psiquiátricos do convívio de suas famílias e da sociedade para uma assistência predominantemente ambulatorial, com ações no âmbito da urgência/emergência e com internações quando houver indicação, reduzindo o número e o tempo de permanência. No Governo Lula esta reforma obteve excelentes resultados. Em apenas oito anos (2003-2010) o número de Centros de Atenção Psicosocial (CAPs), serviços voltados para assistência ambulatorial aos portadores de transtornos mentais, passou de 424 para 1.620 serviços. Assim o número de CAPs por habitante quadruplicou. Os CAPs especializados na atenção a dependência química (álcool e outras drogas) aumentaram cinco vezes. As residências terapêuticas, destinadas a desinstitucionalização de pacientes psiquiátricos de longa permanência, sem laços familiares possíveis de serem retomados passaram de 141 para 570 serviços e os beneficiários do Programa de Volta para Casa, criado em 2003, já somam 3.635 pessoas que retornaram para o convívio de suas famílias e recebem um benefício financeiro mensal para apoiar seu sustento. No outro lado, o número de leitos para internação hospitalar em psiquiatria reduziu de 51.393 em 2002 para 32.735 em 2010 (menos 36%). E mais, o perfil dos hospitais psiquiátricos mudou: em 2002 apenas 24,1% destes tinham até 160 leitos e 29,4% mais de 400; em 2010, 48,7% possuíam até 160 leitos e apenas 11,6% mais de 400 leitos. Por fim, cabe destacar que o tempo de permanência durante internações psiquiátricas diminuiu de 63,8 dias em médias em 2002 para 51,5 em 2010. Na Bahia estes avanços também podem ser observados na Gestão Jaques Wagner, seguindo a orientação nacional do SUS. O número de internações psiquiátricas pelo SUS na Bahia reduziu de 9.144 em 2006 para 5.866 em 2010. Enquanto em 2006, 54,2% das internações psiquiátricas pelo SUS na Bahia foram em hospitais privados, em 2010 inverteu, com 54,3% em unidades públicas. De 88 CAPs na Bahia em 2006 passamos para 180 em 2010 e em abril de 2011 já chegamos a 191 serviços em 153 municípios. Hoje a Bahia é o quinto estado em número de CAPs por habitante, 43% acima da média nacional. Os CAPs saíram de pouco mais de 1,1 milhões de procedimentos realizados em 2006 para mais de 2,6 milhões em 2010. Os especializados em álcool e outras drogas que fizeram 39 mil procedimentos em 2006 alcançaram em 2010 mais de 206 mil. Cabe destacar que como a gerência dos CAPs é municipal a qualidade dos serviços prestados não é homogênea, dependendo da prioridade dada por cada município. O Hospital Lopes Rodrigues em Feira de Santana, que já teve mais de 1.000 internos em tempos nada saudosos, caiu de 500 leitos em 2004 para 300 leitos atuais e em 2010 não alcançou ocupação total. O Hospital Afrânio Peixoto em Conquista, único em todo o Sudoeste da Bahia, que já abrigou mais de 100 pacientes, tem atualmente apenas 50 leitos ativos com ocupação média de 50% destes leitos em 2010. A taxa de permanência dos pacientes psiquiátricos também na Bahia vem reduzindo ficando na média estadual em torno de 52 dias, sendo que em metade dos hospitais fica em torno de um mês. Com o sucesso da reforma psiquiátrica e o número de leitos desta especialidade ociosos nos hospitais públicos estaduais em Feira de Santana e Conquista a Secretaria da Saúde do Estado está preparando um projeto para readequar parte dos leitos destes hospitais para atenção a dependentes químicos, especialmente nos quadros que demandem desintoxicação em ambiente hospitalar.
Dia do Orgulho Louco, 18 demaio de 2008